Órfão aos 11 anos, quando o pai foi deportado para Auschwitz e aí morreu, Jean Tenenbaum foi perseguido e evitou a morte ao ser protegido por um grupo de comunistas da resistência francesa - a ideologia comunista marcá-lo-ía para sempre.
Aos 15 anos abandonava os estudos para poder trabalhar, por necessidade da família, mas aos 20 abraçava a música, que sempre foi o seu destino e a sua preferência. Primeiro o jazz, depois a chanson. Ainda foi Frank Noël, antes de se crismar Ferrat, nome tirado da sua terra natal: Saint-Jean de Cap-Ferrat.
Abraçou os poemas de Louis Aragon, outro militante comunista, tendo casado em 1961 com a cantora Christine Sèvres, ano em que publicou o seu primeiro album. Christine morreria aos 50 anos.
Há dois dias, foi a vez de Jean Ferrat, aos 80 anos. Um cantor de resistência, quase "maldito", na senda de Leo Ferré ou de George Brasssens.
Comunista, crítico da União Soviética e dos métodos estalinistas, deixou a sua posição bem marcada neste poema:
Ah! ils nous en ont fait avaler des couleuvres
De Prague à Budapest de Sofia à Moscou
Les staliniens zélés qui mettaient tout en œuvre
Pour vous faire signer les aveux les plus fous.
E fica também uma das suas melhores canções, na minha opinião: Hereux celui qui meurt d´aimer, com um poema de Louis Aragon:
1 comentário:
Bela canção! Vão ficando,felizmente
os registos sonoros, para recordar
sempre, com uma enorme emoção todos
os que já partiram e deixaram a
canção francesa mais pobre.
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