em homenagem ao Paul
Arroz de Polvo
Mosteiros, São Miguel
Quando te vejo a descer
A caminho dos Mosteiros
Sabes-me a vinho de cheiro
E a pão de trigo a cozer
Moves-te como uma fada
Está o polvo no fumeiro
Quando desces o carreiro
Vejo-te ao longe na estrada
Quem me dera ser o banqueiro
Que guardasse esse teu oiro
Oxalá fosse o bombeiro
Que apagasse esse teu fogo
Labareda em labareda
Do teu lume, tua lava
Jogo as cartas do teu jogo
Dorme o polvo já na brasa
O tinteiro onde mergulhas
A caneta com que escreves
O trigo que tu debulhas
E que torna o pão mais leve
Quem me dera ser o herdeiro
Das vistas do teu olhar
O polvo está no fogueiro
E o arroz quase a estalar
Mas o céu está de aguaceiros
E tiveste de voltar
Não foi hoje que me viste
Terei mais é que esperar
Sabes a vinho de cheiro
Como é belo o teu andar
Quando vens pelo carreiro
A caminho de Mosteiros.
1 comentário:
Sádico!!
Prefiro cordeiro no espeto!
E até faço um poema se for preciso:)))
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