terça-feira, 23 de março de 2010

grande Alice! grande Tim!

Os dois contos de Lewis Carrol, Alice no País das Maravilhas e Alice do Outro Lado do Espelho, são provavelmente tudo menos contos para crianças. Claro está que as crianças gostarão de os ler ou, como actualmente, os ver transpostos para o cinema, mas a profundidade da mensagem de Alice só pode ser entendida por adultos. E adultos com uma larga capacidade de análise, de conhecimento dos comportamentos humanos e das relações interpessoais e sociais, e ainda dos costumes da Inglaterra vitoriana.
Tim Burton, ao adaptar o tema para o cinema, mantendo-se suficientemente fiel à história consegue um filme muito bom - alguns críticos ficaram desiludidos pelo "sabor a Disney" mas eu, sinceramente, acho que esse aspecto (muito relativo) só engrandece ainda mais a obra. Exemplar a dissecação das relações fraternais, a luta do Bem contra o Mal, a exemplificação do narcisismo omnipotente e, afinal, a grande questão: "vale mais a pena mandar por sedução ou pelo terror". Ou, ainda: haverá terceira via? Uma excelente peça sobre a liberdade individual, a rotura com o determinismo histórico ou do percurso de vida mas, principalmente, quase duas horas de grande entetenimento e gozo. E que naipe de actores, com relace para a raínha Vermelha e para o Chapeleiro Louco. Dá gosto ir ao cinema!
T

3 comentários:

Virginia disse...

Há muitos anos pus um extracto d Alive no manal do 9º ano, o do chapeleiro, precisamente e nem alunos, nem profs ( arrisco dize-lo) perceberam o alcance e o humor daquele pedacinho de prosa. Talvez o vá ver hoje à tarde , nado com vontade de o ver.....

É uma história maluca , mas com muita ironia e verdades pelo meio.

Virginia disse...

Alice, sorry!

Virginia disse...

Sempre fui ve-lo. A minha crítica- que complementa a tua ( e não a imita !!!) está no meu blogue. Se quiseres lê-a...talvez gostes.

Bjo