terça-feira, 6 de abril de 2010

ah, España!


Um instrumento solista original. Mas espectacular. Em cima o "Fandango" de Boccherini. Abaixo "La boda de Luís Alonso" de J Gimenez.


Gracias ao Filipe Snr, pela ideia.

8 comentários:

Anónimo disse...

A castanhola é realmente um instrumento 'sui generis' e os 'nuestros hermanos' são os cltores dele.

Já agora, alguma informação:

A castanhola é um instrumento de percussão criado pelos fenícios há três milénios que foi introduzido nos demais países do Mediterrâneo através do comércio marítimo desenvolvido por esse povo.

Em Espanha tornou-se num instrumento nacional.

É constituído por dois pedaços de madeira de castanheiro em forma de prato fundo, perfurado e ornamentado com uma fita que se coloca em redor do polegar. O seu nome deriva do seu formato, que lembra uma castanha.

As castanholas emitem um som seco e oco, de entoação imprecisa. São de origem espanhola, se bem que sejam conhecidas desde o tempo dos Romanos, são populares também em Portugal, assim como alguns países hispano-americanos.

As castanholas servem de acompanhamento rítmico para muitas danças folclóricas, como o flamenco, por exemplo. Na orquestra são colocadas no extremo de uma pequena vara que é agitada, facilitando deste modo a sua execução a estrangeiros. Empregam-se na música erudita para obter um colorido espanhol, por exemplo, Carmen de G. Bizet.

Em qualquer par de castanholas há uma que tem o som mais agudo do que a outra, distinguindo-se, respectivamente, com os nomes de castanholas-fêmea e castanholas-macho. Para tocá-las, há que segurá-las com o polegar através do cordão que as une; o qual atravessa a sua parte superior, chamada "orelha", fazendo-as estalar através da percussão rítmica dos restantes dedos. Em algumas ocasiões, as castanholas de uma das mãos batem com as da outra, dependendo dos passos de baile. Também podem ser produzidos efeitos de glissando, ondulando (alternando as duas mãos), trilos e rufos vêm do norte de Portugal.

Anónimo disse...

leia-se: ...'e nuestros hermanos' são os cultores dele.

As minhas desculpas...

Virginia disse...

A minha nora tem várias castanholas em casa e a irmã dela dança o flamengo, tocand-as. É muito saleroso e contrasta bastante com as nossas danças regionais tão chatas...:))

Porque é que o Tango, o flamenco, a salsa e outros são espanhois ou sul americanos???? Bem sei que o samba é brasileiro, mas não lhe acho a mesma graça.

Elisete disse...

Não concordo consigo, Virgínia. Temos danças regionais muito bonitas e algumas até bastante animadas. O problema é que não estão tão divulgadas. Qualquer dança tem a sua beleza, é preciso é descobri-la. Eu, por exemplo, achava as danças indianas extremamente aborrecidas até ir com o meu filho fazer um workshop no Museu do Oriente, dado pela Casa de Goa. Mudei completamente de ideia. Aliás, se voltarem a fazer este ano, lá estaremos outra vez.

Mário disse...

Há danças portuguesas "mexidas", mas não tão "salerosas" como as espanholas. Creio que tem a ver muito com a maneira de estar na vida: não é por acaso que as mulheres espanholas têm a maior esperança de vida da UE, enquanto as portuguesas das menores...

Virginia disse...

Quando andava no liceu, aprendemos muitas danças e mesmo pela vida fora, na provincia assisti a muitos bailes regionais e nunca me entusiasmaram as danças portuguesas. O fandango é original, mas uma seca, sempre a mesma coisa. Quando fui a Madrid com o liceu fomos ao Lido ver dançar o flamenco e fiquei electrizada com aquelas danças, nunca mais me esqueço. Ainda agora o Tango me faz arrepios, quando oiço o astor piazzola, por exemplo. E muito diferente dos nossos bailaricos sempre iguais.

Elisete disse...

Ok, rendo-me! De facto, as mulheres portuguesas são muito para o chato, sempre a fazerem-se de mártires, com doenças, maridos cruéis, filhos hiperactivos ... Mesmo assim, continuo a gostar bastante de um bom bailarico de aldeia com os "Quins Barreiros" aos gritos e a "chóriça" assada.

Mário disse...

Elisete: é por isso que morrem mais cedo do que as espanholas! Olé!