Miguel Esteves Cardoso, de quem leio assiduamente as crónicas no Público, até porque gosto muito da sua maneira de escrever e da atenção aos pormenores da vida, afirmava na sexta-feira algo como isto: "A Primavera estiola, as cores habituais desapareceram, os campos estão cinzentos e mortos".
Discordo. Totalmente. Ainda este fim-de-semana passiei pelos campos e raramente os tenho visto tão coloridos, das árvores às plantas mais rasteiras, das rosas aos cardos. E aqui ficam algumas fotografias das flores que irromperam no nosso jardim. São as cores de Maio, na sua força, recompensado-nos do esforço (agradável e saudável) para acarinhar o seu crescimento.
4 comentários:
Poucas vezes tenho visto tantas flores como este ano. É verdade que algumas como as glicíneas duraram pouco devido ao vento de leste que se fez sentir nos ultimos dias, mas há árvores maravilhosas e arbustos completmente cheios de flores das mais diversas cores.
Miguel é um pouco saudosista, mas não muito verdadeiro neste teor.
Tb discordo. As minhas flores estão lindas, um pouco selvagens m pq precisam que eu trate delas. Vão ter toda a minha atenção nos próximos fs.
Tens razão, Mário.
Acho que me antecipei um mês ou dois. Também eu, depois de ter escrito aquilo, comecei a ver chagas e rosas como nunca antes.
Enganei-me. Não percebo nada - mas quero perceber alguma coisa - desta coisa dos tempos e das pessoas e das plantas.
Um abraço agradecido,
Miguel
MEC: Bem-vindo! Realmente, as flores irrompem por todo o lado, talvez numa das Primaveras mais coloridas. É espantoso como as plantas mais indigentes e singelas se vestem de forma rica, quase luxuriante, jogando os tons umas com as outras.
E nas Caldas há uma que está cada vez mais viçosa, género Antonius, da família dos Cardozum.
PS: gosto mesmo muito das tuas crónicas. Não é fácil veicular muito em tão pouco espaço - é uma arte e uma ciência, mas também requer muita sensibilidade, coisa que tens como dom.
Vamo-nos encontrando.
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