segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

La Diva è viva!



Maria Callas, em La mamma é morta, da ópera André Chénier, de Umberto Giordano, sobre a vida do poeta romântico, guilhotinado durante a Revolução Francesa, em 1974, aos 31 anos, ironicamente três dias antes da morte de Robespierre e do fim do Terror.

Para mim, é talvez uma das árias mais arrepiantes que já ouvi. Ainda mais por esta Diva, de seu nome Cecilia Sofia Anna Maria Kalogeropoulou, inexcedível na sua expressão dramática e lírica.

Vale a pena recordar uma excelente exposição que teve lugar, no ano passado, no Museu da electricidade, em Lisboa, sobre a vida de Maria Callas, uma vida também ela dramática e lírica. O fim da sua relação com Onassis foi, porventura, o gatilho que provocou o abandono que conduziuà sua morte, em 1977, aos 53 anos de idade.

4 comentários:

Anónimo disse...

Para mim, a maior cantora lírica de sempre! E não só a 'La mamma e morta' foi 'corôa de glória'. Também 'Ritorna vincitore' da 'Aida' de Verdi e, sobretudo, 'Casta Diva' da 'Sonambula' de Bellini, sem falar numa magistral 'Habanera' ('Lámour est comme un oiseau rebelle') da 'Carmen' de Bizet.

Os italianos tentaram ofuscar o sucesso da Maria Callas criando uma inexistente rivalidade com a Renata Tebaldi, sobretudo depois da separação do Meneghini, mas não o conseguiram.

Tenho para mim que quem verdadeiramente a destruíu foi o Onassis (e a sonsa da Jacqueline K.).

Maria Callas será sempre 'A Diva'!...

Mário disse...

Na Exposição do Museu da Electricidade estava bem explícita essa parte, da relação com Onassis. Custa a crer numa ligação dessas, de personagens tão diferentes, mas porventura é mesmo assim.
Callas tinha de sofrer, porque uma Diva é sensível.
Pessoalmente, continuo a não arranjar substituta na escala (esCallas) da perfeição enquanto soprano.

Virginia disse...

Idem.

Foi uma mal amada no início da sua carreira por pessoas que idolatravam a Renata Tebaldi - que seria excelente também, mas não em tantos registos diferentes.
Callas era impar e é inegualável, para já. Ainda bem que há CDs , Ipods, Youtube, música gravada de todo o género e que podemos ouvir estes cantores em toda a sua plenitude.

Huckleberry Friend disse...

Esta ária, nesta interpretação, surge num dos momentos mais intensos de Philadelphia. Um grande filme com Tom Hanks no seu melhor, ainda antes (e a anos-luz) do irritante Forrest Gump...